quarta-feira, 8 de julho de 2009

Who's death?

E o funeral do peter pan pop(que ao que tudo indica, será de corpo ausente) terá shows de Mariah Carey, Stevie Wonder, etc., distribuição de ingressos e tudo(que alguns malandros estão oferecendo por até U$ 20.000 na internet), será em super ginásio e terá todos os ingredientes de um mega espetáculo(alguns fâs estão dizendo que é o ingresso mais legal, "cool", que já tiveram em suas mãos!).

Eu ainda consigo me surpreender com a capacidade que a cultura americana de massas tem de transformar tudo no tal do "show-business". Tudo fica parecendo aquela cafonice da entrega do Oscar. Nos musicais da Metro, os diálogos eram simples deixas para algum ator ou atriz nos matar de susto com um agudo. Na Broadway, gato, boneco, conto de fadas, filme da Disney, piada de salão, laquê, tudo é tema pra fazer um musical caríssimo. E o que é pior:
Miguel Falabella e a burguesia cultural paulistana cismaram que o teatro brasileiro precisa importar isso! Não vou nem falar do cinema nacional, que adotou a fórmula da comédia de costumes ou romântica tipo "Casamento do melhor amigo" de vez. Lá, cultura não passa de mercado.

Não se trata aqui de não querer que não se viva da arte que se faz! Isso é lindo quando o que se faz é arte e não produto industrial.
Mas, voltando ao funeral de Michael Jackson. Duvido se já não teve algum produtor de Hollywood que não imaginou fazer com que, de repente, no meio da cerimônia, se levantassem de um cemitério cenográfico, vários cadáveres dançantes, do outro lado do palco, surgiria o cadáver do próprio Michael para dançar com eles e cantar, ao invés de 'Thriller', o sucesso "I'm death, I'm death...



Mauro.

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