quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Comunidade internacional exige fim do bloqueio a Cuba

• NAÇÕES UNIDAS — Na última jornada do debate do 64º período da Assembleia das Nações Unidas, a comunidade internacional reiterou o apelo de pôr fim ao injusto bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba há quase 50 anos.

O primeiro-ministro do Reino do Lesoto, Pakalitha Bethuel Mosisili, exortou a "pôr fim ao infortunado bloqueio financeiro e econômico imposto à Ilha, como questão de princípio e assunto urgente".

Por sua vez, o chanceler egípcio, Ahmed Aboul Gheit, referiu-se às declarações finais adotadas na 15ª Cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados, efetuada em seu país, entre as quais, salientou "a segunda declaração, que é sobre a necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba".

Da mesma maneira, o primeiro vice-ministro e chanceler da República Popular Democrática do Laos, Thongloun Sisoulith, manifestou sua preocupação pela medida. "É hora de pôr fim a essa sanção", sustentou.

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Calos Gomes Junior, espera que "haja uma mudança na política de bloqueio o antes possível".

O ministro das Relações Exteriores da Namíbia, Marco Hausiku, apontou que o bloqueio menoscaba os esforços da comunidade internacional para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, pois afeta a economia devido a sua extraterritorialidade, a qual impede o livre comércio e o desenvolvimento econômico da Ilha.

"A minha delegação enfatiza sua posição histórica quanto ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba: acreditamos que constituti uma violação do Direito Internacional e do direito do povo cubano", sublinhou.

"Instamos o governo dos Estados Unidos a escutar o reclamo da comunidade internacional e a iplementar as resoluções da Assembleia Geral, que exigem o fim do bloqueio", acrescentou.

O chanceler da Namíbia reafirmou, ademais, a solidariedade e apoio de seu governo "ao apelo de Cuba para a libertação dos Cinco cubanos presos nos Estados Unidos".

O ministro das Relações Exteriores da República Árabe da Síria, Walid Al-Moualem, assinalou que sua nação "reafirma seu apelo ao fim do assédio imposto a Cuba por quase meio século".

O procurador-geral e chanceler de Belize, Wilfred Elrington, aderiu ao reclamo dos representantes ali presentes e expressou que esperava mudanças de enfoque que permitissem a plena integração dos países, como a ilha maior das Antilhas. "Para que tenha lugar essa integração, devemos apelar urgentemente aos esforços para pôr fim ao anacrônico bloqueio a Cuba".

As sessões da segunda-feira, 28 de setembro, puseram ponto final a cinco dias de discursos de mais de uma centena de chefes de Estado e governo, de ministros das Relações Exteriores e de altos representantes que foram a esta sede para assistir também a uma cúpula sobre a mudança climática, convocada pela ONU, segundo divulgou a PL.

A agenda de trabalho da Assembleia incluiu pelo décimo oitavo ano consecutivo a votação, em 28 de outubro, de um relatório elaborado por Cuba, intitulado "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba".

Desde 1991, o cerco norte-americano tem sido alvo do crescente repúdio dos países-membros da ONU, o qual, no ano passado, foi condenado por 185 Estados, o número mais alto registrado em todas as votações realizadas desde esse ano. (SE) •

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