terça-feira, 27 de outubro de 2009

A face civil da ditadura militar


Documentário conta a vida do empresário dinamarquês Henning Albert Boilesen, que nos anos 60 financiou e apoiou politicamente a Operação Bandeirante.

Entre 1964 e 1985, o Brasil foi governado por uma ditadura militar, certo? Não exatamente. Essa é a tese defendida pelo diretor Chaim Lietwski em Cidadão Boilesen, documentário vencedor do festival É Tudo Verdade em 2009, que estreia nos cinemas do país neste mês.

Ao contar a biografia de Henning Albert Boilesen, empresário dinamarquês radicado no Brasil, Lietwski mostra que o uso do termo “ditadura militar” para caracterizar o regime é uma imprecisão. Mais correto, como afirmam alguns historiadores, seria falar de uma “ditadura civil-militar” que em várias etapas contou com a participação ativa do empresariado, em especial o paulista.

A vida de Boilesen é um exemplo dessa colaboração. O empresário emigrou para o Brasil na década de 30, onde se tornou presidente do grupo Ultragás.

Anticomunista, financiou e apoiou ativamente a Operação Bandeirante (Oban), incentivando outros empresários a fazer o mesmo. Criada pelo Exército brasileiro em 1969, a Oban foi o embrião do Destacamento de Operações de Informações/Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). De acordo com o documentário, Boilesen também teria sido colaborador da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, a CIA.


Fonte: http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/a_face_civil_da_ditadura_militar.html

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