Sempre tecidos de seda teceremos
E não estaremos melhor vestidas,
Estaremos sempre pobres e nuas
E sempre teremos fome e sede;
Jamais saberemos ganhar tanto
Que tenhamos ao menos o que comer.
Comermos sempre pão pela manhã
E de noite, ainda menos;
Pois do trabalho de nossas mãos
Ninguém terá para seu viver
Senão quatro dinheiros de libra,
E disto não poderemos
Ter suficientes carnes e tecidos;
Pois quem ganha vinte soldos por semana
Não está livre de sofrer...
E estamos em grande miséria,
Mas se enriquece de nossos salários
Aquele para quem trabalhamos;
Passamos acordadas grande parte da noite
E todo dia, para isto ganhar.
Ameaçam moer de pancada
Nossos membros quando descansarmos:
E assim não nos atrevemos a descansar.
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