No escurinho da classe
Professora explora a linguagem cinematográfica e turma começa a apreciar e produzir filmes
Cena de Matrix: relação entre arte e tecnologia
Pessoas voando e se movimentando devagar, em slow motion, objetos que adquirem vida e voz, outros planetas, outros mundos. A linguagem audiovisual (explorada por TV, cinema, videogame etc.) nunca esteve tão presente no universo da molecada. Por isso, ela deve estar integrada ao currículo e, para que os jovens não a consumam sem critério, precisa ser conhecida a fundo. Pensando nisso, a professora Regina Célia Gomes de Rezende, da EE Professor Oscar Salgado Bueno, de São José do Rio Preto, a 450 quilômetros de São Paulo, elegeu o cinema para tratar do tema. Seus alunos de 6a a 8a série reviveram parte da história dessa arte, produzindo objetos mágicos que na época colaboraram com sua criação, como o taumatrópio e o zootrópio (respectivamente disco e cilindro desenhados, que, ao girar, dão a ilusão de imagem em movimento) e o flip book (bloco de papel que dá a mesma sensação ao ser folheado).
Ao assistir ao filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, às primeiras animações dos estúdios Disney e a alguns curtas e longas-metragens atuais, como Matrix, os estudantes discutiram a relação entre arte e tecnologia e conheceram os elementos que compõem essa linguagem, como efeitos especiais, enquadramentos, sonoplastia e planos. Nessa etapa, Regina colocou em jogo os conhecimentos adquiridos em cursos de capacitação e em leituras sobre o tema. A produção de filmes foi inevitável. "Deu trabalho, mas a recompensa apareceu em cada comando de ‘luz, câmera, ação!’", festeja a professora. R.B.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/escurinho-classe-429647.shtml
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