As vaias ecoaram pelo auditório da escola Cristopher Columbus (Cristóvão Colombo) no momento em que um funcionário municipal da cidade de Nova Iorque lia a decisão de fechar o educandário, um dos últimos que restam entre os grandes colégios públicos do Bronx.
Segundo este funcionário, Santiago Taveras, a Columbus tem tido “uma longa história de fracasso acadêmico e como resultado deveria ser fechada”, como se isso não tivesse nada a ver com a administração educacional do município.
Além disso, os estudantes e professores presentes tinham uma opinião totalmente distinta. A escola recebera, nos anos em que lutava contra a falta de verba e abandono, alunos vindos dos setores mais empobrecidos entre os novaiorquinos.
“E agora que estes alunos encontraram uma casa aqui e foram recebidos de braços abertos, vocês querem tirar também isso deles”, declarou o professor Jaime Allen, encarando o oficial.
A iniciativa asinina de fechar escolas por “baixo desempenho” é do prefeito Michael Bloomberg, que acaba com grandes estabelecimentos e cria miniescolas muitas vezes várias distribuídas em um só prédio onde os alunos passam a se encolher em pequenas salas de aula. Este ano a prefeitura propõe fechar 20 escolas.
O governo federal de Obama colocou um prêmio para as escolas chamado Race to The Top (Corrida Para o Topo) que oferece bilhões de dólares de acordo com a performance dos alunos.
Como resultado disso as pequenas escolas de Bloomberg recusam-se a aceitar alunos com mais dificuldades (normalmente vindos das famílias mais pobres) e os de fala espanhola, ou ex-detentos menos ainda. Estes recorrem às antigas escolas como a Columbus que os absorvem mas apresentam notas mais baixas dos alunos em seu conjunto.Fonte: www.horadopovo.com.br
Um comentário:
Essa prefeitura de NY ainda adota o "tolerancia zero" contra os pobres, negros e latinos.Não só matando e prendendo mas também dificultando acesso a cultura e educação...e ainda se dizem um estado modelar a ser seguido....
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