Sobre mídia, política e Copa do Mundo
Por Marcelo Salles, 02.07.20101) Finalmente aderi ao twitter. Quem quiser pode me achar lá, no @MarceloSallesJ. O “J” é de Jornalismo.
2) Não adianta pôr a culpa num ou outro jogador. A seleção brasileira pagou o preço da opção convervadora da equipe técnica, que sempre deixou claro preferir administrar magras vitórias a arriscar definir os jogos enquanto podia. Essa filosofia ficou clara desde a convocação. Em tempo: nada disso apaga a posição firme de Dunga em relação à Rede Globo, que perdeu privilégios nesta Copa do Mundo. Por esta razão, ele passará à história.
3) Galvão Bueno e Casagrande passaram boa parte do jogo culpando Felipe Melo e Dunga. Aquele diretamente, este indiretamente. Diziam que todo mundo esperava que o meio-campo perdesse a cabeça num momento decisivo. Casão, por sua vez, sempre que pôde bateu na tecla do “confinamento” dos jogadores. Galvão: “Os excessos não são bons. Nem as saídas de 2006, nem o trancamento de agora”. Traduzindo em bom português, o moço está apenas servindo de porta-voz dos patrões, indomodadíssimos por não poderem subtrair os jogadores dos treinos ou da concentração como estavam acostumados a fazer no futebol – e de modo geral na vida política do país.
4) Na Copa das Marcas, chegaram às quartas-de-final 4 patrocinadoras: Adidas (Argentina, Alemanha, Paraguai e Espanha), Nike (Brasil e Holanda) e Puma (Uruguai e Gana). Pela arrumação das chaves, a Adidas já estava garantida na final antes de a bola rolar nessa fase do campeonato. O outro finalista será decidido entre Nike e Puma (Holanda pega o vencedor de Uruguai e Gana). Continuo com meu palpite: o vencedor de Argentina e Alemanha leva a Copa, e eu torço pro time de Maradona.
5) Não convém otimismo exagerado em relação à estagnação de José Serra nas pesquisas Ibope e Vox Populi. Esses números podem ser rearranjados de uma hora pra outra, como já mostra o mais recente Datafolha. E vale lembrar o caso recente da Colômbia, onde o resultado da votação não teve nada a ver com as estimativas das pesquisas (o candidato uribista, Manoel Santos, teve quase o dobro de votos do principal adversário, enquanto as projeções indicavam empate). Além disso, é bom ficarmos atentos ao que o presidente do PT, José Eduardo Dutra, vem chamando de “judicialização” das eleições. Colunistas da direita, como Merval Pereira, já começam a dizer que houve casos em que governadores e prefeitos perderam mandatos após serem eleitos devido a condenações por propaganda antecipada.
6) Em tempo: segundo o Ibope, um quarto dos brasileiros ainda não sabe que Dilma é a candidata de Lula, cujo governo tem uma aprovação de 80%.
7) A gente desconfia quando aparece um índio num lugar tradicionalmente ocupado por caciques. Aí tem coisa!
Fonte: http://www.fazendomedia.com/sobre-midia-politica-e-copa-do-mundo-2/
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