A imprensa brasileira fez um escândalo quendo o presidente venezuelano Hugo Chávez fez um protesto contra a “ditadura estética” que estava levando adolescentes daquele país a pedirem implantes de silicone como presente de aniversário de 15 anos, como forma de se identificarem com os padrões de “pin-up girls” que a televisão impõe. São 30 mil implantes por ano, numa população que não vai além de 15% da nossa.
E agora, há poucos dias, tratou como censura chavista a decisão judicial de proibiu a exposição de cadáveres fotografados no Instituto Médico-Legal de Caracas.
Curioso é que, agora, não há escândalo quando pelo menos um candidato antichavista lança uma rifa de implante de silicone para angariar fundos para sua campanha. Segundo a BBC, o candidato Gustavo Rojas (foto), do principal partido opositor do país, o Primeiro Justiça, disse que “sua proposta atende uma “tendência do mercado” venezuelano, onde é cada vez mais comum que as mulheres optem por um implante de silicone para aumentar o volume dos seios.”
Rojas passou a fazer campanha na periferia de Caracas, lugar onde a maioria dos moradores apoiam o presidente venezuelano, Hugo Chávez. “Esse é o perfil que queremos conquistar”, disse ele à BBC.
Este é o vale-tudo que impera na ação da oposição venezuelana. Se a Justiça daquele país cassar um candidato que procede assim, com este desrespeito à dignidade feminina – e à dignidade de todos os seres humanos, por extensão – acabam saindo notícias aqui sobre a feroz perseguição do governo aos oposicionistas, uma gente tão correta politicamenteque rifa seios de silicone entre os eleitores.
Fonte: http://www.tijolaco.com/
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