Guiné Conacri em alto estado de alerta
O governo militar da Guiné Conacri diz ter descoberto planos de um ataque contra o país e colocou o exército de alerta em todas as fronteiras.
Segundo um comunicado lido na rádio nacional grupos de homens armados estão a concentrar-se nas fronteiras com a Guiné-Bissau e o Senegal no norte, e Libéria a sul.
A mesma fonte acrescenta que se suspeita que por detrás destes planos estejam cartéis da droga.
A Guiné Conacri tem sido um importante ponto de passagem das drogas em trânsito das Américas para a Europa.
Quando a junta militar liderada pelo capitão Moussa Camara tomou o poder há cerca de 7 meses, prometeu fazer do combate ao tráfico de drogas uma das suas grandes prioridades.
Vários suspeitos importantes foram detidos e aguardam julgamento mas o regime ganhou com isso inimigos poderosos.
O comunicado dizia que o ministério da Defesa foi informado pelos serviços de segurança e outras fontes credíveis que se preparava um ataque armado a partir da fronteira com a Guiné-Bissau e a região de Casamance, no Senegal.
Esta situação surge numa altura em que o governo militar está a ser alvo de pressões cada vez maiores de políticos e de grupos da sociedade civil e também da comunidade internacional para que realize eleições.
O capitão Camara já disse que se retira depois da realização de eleições livres e justas que deverão ter lugar no final deste ano.
A União Africana suspendeu a Guiné-Conacri na sequência do golpe militar que se seguiu à morte do presidente Lansana Conté.
Muitos guineenses reagiram positivamente ao golpe militar que consideraram que iria pôr fim a longos anos de desgovernação.
A Guiné-Conacri possui mais de um terço das reservas mundiais de bauxite e tem também importantes reservas de ouro, diamantes, ferro e níquel.
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