sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Zelaya afirma que democracia morreu em seu país

Para presidente legítimo, a democracia morreu quando uma pequena elite econômica assumiu pela força das armas o poder político para sustentar suas vantagens

Prensa Latina

O presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou que a democracia morreu em seu país e se instalou uma ditadura militar com o golpe de Estado em 28 de junho.

O presidente assinalou em um comunicado distribuído na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde permanece refugiado há três meses, que a democracia morreu nesta nação centroamericana quando uma pequena elite econômica assumiu pela força das armas o poder político para sustentar suas vantagens.

De igual modo, considerou que ninguém pode deter as reformas políticas e sociais impulsionadas por seu governo, ao mesmo tempo em que reiterou sua negativa em renunciar à primeira magistratura, cargo para o qual foi eleito pelo povo.

De acordo com Zelaya, é uma necessidade imperiosa e impostergável continuar com o processo histórico de organização do povo e os processos de reformas econômicos, sociais e políticas como condição indispensável para atingir o desenvolvimento do país.

O progresso dessas reformas continua suspenso pese as campanhas em favor do empresário Porfirio Lobo, cuja questionada eleição como presidente de Honduras não tem devolvido a democracia, a confiança, nem a estabilidade no país.

Embora alguns governos tenham considerado que sua eleição culminaria com a crise gerada desde a ação militar, a maioria dos países da América Latina desconhecem as votações, por se terem desenvolvido sob um regime de fato.

Na segunda-feira (21), o Tribunal Supremo Eleitoral reconheceu Lobo como presidente eleito, em umas eleições que registraram índices de abstenção superiores a 60 por cento.

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