sexta-feira, 2 de outubro de 2009

EUA impedem compra de dispositivos para extrair eletrodos do coração

José A. de la Osa

• O chefe do Departamento de Arritmias e Marca-passos do Instituto de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular, doutor em Ciências Francisco Dorticós Balea, denunciou em Havana a sistemática negativa da transnacional norte-americana Cook Vascular Inc. de vender a Cuba dispositivos para a extração dos eletrodos danados que se implantam na cavidade cardíaca para o funcionamento dos marca-passos.

Estes dispositivos avançados — um engenhoso sistema de guias especiais — permitem substituir esses eletrodos sem ter que fazer uma cirurgia cardíaca, em ocasiões "a coração aberto"(apoiada pela circulação extracorpórea), com os subsequentes riscos cirúrgicos para a vida dos pacientes, maior estadia hospitalar e recuperação, bem como elevados custos de atendimento.

Cada marca-passo dispõe de um ou dois eletrodos que, com o decurso do tempo, às vezes, é imprescindível substituí-los como conseqüência de quebras por envelhecimento do eletrodo ou por golpes, por aderências e, fundamentalmente, por infecções das cavidades do coração (endocardite).

A substituição destes eletrodos é um procedimento médico habitual em nosso país, se levamos em conta que apenas nos últimos dez anos foram colocados mais de 20 mil marca-passos em pacientes com frequências cardíacas baixas por bloqueios e ritmos cardíacos potencialmente malignos, insuficiência do coração e outras causas.

Atendendo as minhas responsabilidades, afirmou o professor Dorticós, em diferentes cenários fiz a solicitação para a compra desses dispositivos e sempre recebi a mesma resposta. "Depois de consultar a direção da Cook Vascular dizem que não lhes permitem vender a Cuba".

Segundo fontes consultadas pelo jornal Granma, esta transnacional nem sequer deu uma resposta às diligências feitas por autoridades da saúde pública, através da empresa Alimport.

"Será que existe alguém na superfície da Terra que justifique ou defenda tamanha medida?..." •

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